Para começar a semana com uma reflexão importante para o ambiente de trabalho – e, por que não, para a sua vida pessoal – a Diretora de Produção de Conteúdo da D/Araújo Comunicação, Rejane Benvenuto Andrade, preparou um artigo sobre um dos maiores bens dos profissionais qualificados e, principalmente, a capacidade de compartilhá-lo.

O que é, o que é:
quanto mais compartilho, mais tenho?
quanto mais uso, mais cresce em valor?

A resposta é conhecimento. Ou pelo menos deveria ser. O problema é que a transferência desse conhecimento ainda é uma grande pedra no sapato nos ambientes corporativos. O assunto é bastante complexo e passa por uma série de questões, como estrutura, clima e cultura organizacional, motivação, status. Toda essa intrincada rede de aspectos sempre me atraiu bastante, tanto que recorri a cursos da FGV e, mais recentemente, da UFSC para entender, por exemplo, como inibir o surgimento de verdadeiras ilhas estanques de conhecimento, onde impera a falsa ideia de que reter a informação é uma forma de concentrar poder.

Eu conheço uma história que ilustra bem esse equívoco corriqueiro. Um amigo, hoje presidente de uma multinacional, começou a carreira como office boy de uma empresa e passava o tempo vago observando de longe o gerente financeiro. Curioso e inteligente, em pouco tempo já tinha absorvido toda a rotina do setor. Eis que um dia o tal gestor adoeceu e a realidade veio à tona: ninguém sabia nada sobre alguns procedimentos essenciais que só aquele homem detinha. Estava tudo trancado a sete chaves na cabeça dele. Foi quando o office boy se apresentou e garantiu que daria conta do recado. E deu. Fez uma bela carreira na empresa e nunca mais se esqueceu da lição, que usa para doutrinar incansavelmente seus funcionários sobre o quão vital é compartilhar o que se sabe.

Como toda teoria, isso é lindo, mas eu sei que ainda somos pegos de surpresa. Outro dia, aqui na agência – e olha que batemos forte nesta tecla do compartilhamento de informação e conhecimento – nos demos conta de que havia um gap desse tipo em uma área.  E aí, segue aquele corre-corre que a gente conhece.  Estresse desnecessário.

O grande barato de manter o que se sabe ao alcance de todos é a possibilidade de melhorar sempre. Resumindo, é bom para todo mundo. Como já dizia Platão, conhecimento é algo vivo e mutável. Que assim seja!”